sexta-feira, 3 de agosto de 2018

A bobagem de Demonizar empregos públicos.




Há muitos brasileiros, que tomados de raivas, quem nem sabem de onde veio, mas que nós, esquerdistas, sabemos; xingam veementemente funcionários públicos, de inoperantes, sangue sugas, puxa sacos, incompetentes etc. e, com esse discurso tolo, otimiza sua raiva e a estende para todos os seguimentos e pessoas, que muitas vezes, fazem verdadeiros sacrifícios em prol a este - muito menos, que para ele próprio.

Vejo comerciantes reclamando, trabalhadores do comércio propagando as ideias do povão contaminado. E, uma massa de ignorantes enxovalhando estes outros trabalhadores. Lamentável.

De fato, a sociedade Brasileira está bem longe de uma melhor conscientização do que esta, de ir nos "vômitos bozoicos".
Conversava com um amigo que tem um pequeno comércio que via de regra, não foge à regra de reclamar de todos (Votou no Bolsonaro) é um bolasterona da raiva. E ele me dizia destas coisas todas que aqui coloco na contextualização...Com raiva!

Então, depois de ouvi-lo calmamente, olhei bem em seus olhos e perguntei: "Você tem clientes trabalhadores nas empresas públicas?" É...Tem uns cuecão de couro ai que trabalham na CEF no BB, na Prefeitura... (me disse ele) "E se esses perdessem seus empregos, continuariam a vir lhe comprar alguma coisa?" - Continuei, depois de um breve silêncio, sem resposta: 

Aqui temos um pequeno município, que tem na prefeitura seu maior empregador, inclusive com um número grande de funcionários rotativos, na sua maioria de jovens. todos os prefeitos daqui usaram este estratagema de administração - eu não acho ruim -, não temos empregos na iniciativa privada suficientes para manter esta população afixada no município e fazendo a cidade crescer, diga-se de passagem; é o desafio de todos as cidades de pequenos e médios portes pelo país afora. 

Entendo que com essa política, os prefeitos tentam manter seus cidadãos alocados em seu lugar de origem e não que se debandem para outros centros maiores. Portanto, é de suma importância que as prefeituras sejam grandes empregadoras de funcionários auxiliares, técnicos 
e alguns outros tantos, fixos e rotativos. 

Os fixos, servem para o bom atendimento da demanda da cidade, em suas peculiaridades e acidentais. Os rotativos como incentivos ao trabalho e ajuda social para jovens cidadãos, que estudam e que, um trabalho assim, ainda que rotativos, os ajudem. 
Prefeituras inchadas significa várias coisas: Falta de emprego na cidade, um certo cabresto político e, neste caso nunca será literal. Esta consciência, ao longo deste texto mencionada, estratégia de manter o município girando recursos para todos os seguimentos e gerando, ou pelo menos mantendo os níveis de emprego na cidade.

Em minha visão, não se trata de ser contra ou favor, se trata de coerência consciencial. Claro que necessitamos sempre de bons administradores, para alocar os recursos para melhorar o que precisa ser melhorado e também ajudar a gerar empregos na iniciativa privada. As cidades, assim como o país não podem pensar de fora para dentro, mas de dentro para fora: Ser autossuficiente é a meta a não ser perdida de vista nunca, assim como deveria ser a prática para a nação toda.

Em se tratando de empresas públicas federais deve ser a mesma regra. É uma questão de justiça social primordial para um país em desenvolvimento. Jogar milhares de pessoas nas ruas para que se tornem empreendedores é uma covardia fascista, que tem em seu bojo, - eu disse bojo, tá ok? - a morte dos pobres, como recurso de "acabar" com a pobreza! 


ZéReys Santos - Autor, escritor, pensador e poeta brasileiro.
Gratidão pelo carinho da leitura. 

Obs: este texto será revisado em breve.