Seja feliz…
Para ser
feliz no amor é preciso destituir-se do domínio. É preciso viver
sem dominar. Amar é se doar mutuamente, é se elevar a um estado
único de contente. É um inexistir na existência, é não ser
somente, nem só, em si mesmo, separadamente. É, entretanto,
deixar-se dominar, deixar-se amar e dar-se a si mesmo a confiança de
si dar.
É não se
esforçar em contrariar as normas do amor, é se respeitar
mutuamente, é compreender a interdependência, é não sair do
círculo e de dentro do fluxo. Não é viver em refluxo, é ter
coerência na sua reciprocidade, é ter gratidão pela felicidade e
ser recíproco por esta verdade. É viver ser medo do domínio, é
ser um ser exímio.
Esconder-se
de ser amado pelo medo de sê-lo, e ser dominado pelo medo de viver e
ser feliz; é estar vendido aos caprichos dos esdrúxulos, é se
vaguear pelo vale das lágrimas para que alguém lhe olhe nos olhos.
É se perder em meios aos bruxos.
Cada um
inteiro de nós equivale a metade de um todo de nós, portanto, não
temos que suplantar a outra metade.
Amar é se
adequar para receber o amor, não é se dar a pensamentos
conflitantes, é deixar-se sair da confluência dos iguais, estes
estão infelizes – e há tantos por todos os lados! É ser feliz
aceitar ser você mesma, no sentido de que o natural é querer ser
feliz, e sem amor não há chance de sê-la. Mas o amor é implacável
em suas regras, se não for obediente a ele, ele lhe dará o ódio.
E, que esforço tremendo temos feito, para sermos infelizes!
Amor... Me
ame, e se deixe amar, esta é que é, a verdadeira felicidade de
existir. Eu nunca vou abandonar você, eu já conheço a dor da
refeição, dou-lhe meu coração para que o seu cuide do meu, para
que o meu vá cuidar do seu!
Mas eu não
posso ser você e eu, terás de ser você mesma, a parte da
compleição.
…Porque
queres arrancar-me de dentro de si… por incompreensão? Compreenda,
meu amor, por favor, que eu…lhe amo!
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