sábado, 2 de julho de 2016

PENSANDO FELICIDADES

Pensando felicidades.
(Uma crônica do pensar amor).

No contexto de ser feliz o individualismo não serve para nada, porque nos faz supor, por egocentrismo, que somos felizes de nosso jeito, porém, chegará o instante em que tudo se exaurirá e o vazio tomará forma e ganhará nome, cuja teoria a respeito nem passa perto da real definição ou daquilo que o individualista realmente sente ou sentirá. 

A felicidade pode ser invisível, mas a infelicidade não: ela tem cor, sabor e dor!

E a quem pedir socorro, se não a outros? E, ao pensar sobre isso, quero urgentemente me desvencilhar de meu ego, mas como é difícil, não é mesmo? Diríamos diante do vazio inevitável.
Amamos pela falta de nos preencher, contudo, isso, não é amor!

Quem tentou livrar-se de seu ego, sabe, será sim, um cabo de guerra, uma guerra declarada entre você e você que é o outro, o ego. Ele nos massacram na suposição de que somos nós, os devedores de ser nós mesmos. É o ápice do individualismo na execração da própria pessoa.

O ego infla-nos por dentro e o glamour de nos sentir donos de nós mesmos nos tornam tolos e, como uma bola de festa infantil, e assim como a elas, absolutamente frágeis, porque não resistem nem as minúsculas pontas dos espinhos de um juazeiro, explodem.

O individualista precisará para se livrar de sê-lo, de armas, ferramentas, limas de amolar, paciência que jamais temos, e forças ocultas terá de se emergir das profundezas, teremos de ser resilientes, mesmo quando esta palavra não cabe na intencionalidade do indivíduo, por ser voluntária e natural de cada ser.

Até mesmo Deus parecerá se ausentar desta luta que não é Sua. “É sua!”, dirá a nós atrás de nossos olhos. Devia se preparar para o amor, e amar é se doar, eis o mantra do amor: Amor é reciprocidade, e ser feliz é gratidão! Permita-me explicar, por favor:

Amar pelo sentido da reciprocidade, significa sobretudo, ser um gerador de sentimento de gratidão no outro, e por ser gratidão, a felicidade; a reciprocidade será mútua e espontânea!

E será assim que se formará um círculo contínuo virtuoso, mas o individualismo, aqui, não caberá nunca, o egocentrismo não poderá existir nunca. Viver para o outro como se vivesse para si próprio, é o sentido exato, isto talvez seja o valor irrestrito de amar ao próximo como a si mesmo. Mesmo quando estamos falando de nosso amor pessoal, que não é pessoal mas que é pessoal.

Entendamos: O outro somos nós em outra pessoa, por isso nós a amamos, eis outra razão de amar o próximo. Se entenda melhor sob o próprio ponto de vista do individualista, quem é você se não a ínfima parte do todo… Não somos originariamente individualista. Este sentimento é criação de um sistema consumista que ao lhe desassociar do todo, pode lhe escravizar mais facilmente.

O todo, efetivamente é Deus, Deus dentro de nós, para sermos tudo, um para o outro. 


terça-feira, 28 de junho de 2016

AINDA QUE NÃO FOSSES DEUSA

Ainda que não fosses deusa
(Love Story)

Quando você estendeu as suas mãos lindas em minha direção,
Pude ver seus olhos e a essência de sua intenção,
Refletidas nas cores das flores que as portavam.
Fora uma mistura de cores, texturas, essências e perfumes.

Então, depois deste calor que fluía, aura de luz, aurora boreal, 
reflexos de sol que me chegou de sua alma, refiz-me de um 
sono inconsciente de que o amor era dor, mas que sim, 
o amor valeria a pena e que neste contexto, não há alma pequena. 
A luz apaga as trevas!

A minha vida estava morta. Então não podeis retorná-la àqueles 
sepulcros de outrora, porque deste-me, deste então, o que beber.
Do vinho que me embriagastes solidificou-se em mim e em minhas 
entranhas, todas as vindouras manhãs e agora vivo por você e pelo amor.

Certamente que não retirarás estas suas mãos lindas de minha direção,
Que não jogarás fora essas flores tão belas, cujo aroma, é o vinho que me embriaga, de cor densa e fragrância imutável e inigualável, 
porque do amor é que sai e vem, este cheiro de sentimento sublime 
que nos faz a perene prosperidade.

Se lhe amo tanto assim, é claro que é por você; de mim, somente está
A grandeza de querer lhe fazer feliz… Não me digas agora de involuntariedade.
Não podeis falar-me de algo de estranhezas ou de insanidades.
Compreendes-me, por mim, o que me fez, por fim?

Estendeste-me suas mãos, não as retires agora como se deusa,
Fosse um demônio da enganação, e ainda assim, se fora,
perdoe-me lhe peço de espírito e coração. Há de se ter coração uma
Deusa de mãos tão lindas, donde as flores, parecem nascerem férteis.

Fique comigo, dou-te minha essência sagrada para que se tornes,
A mulher que amo! Tornar-me-ei, se preciso, a seu deus, seu Zeus,
Seu anjo sagrado, enamorado e amado, como a mim, os beijos seus!
O amor, acredito agora, se me renasceu, lhe converterá, nesta mulher!




ZéReys Santos.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

COMUNICADO DE UM ANJO A UM AMOR INGRATO

Comunicado de um anjo a um amor ingrato

Estou encerrando hoje as minhas preocupações e as minhas orações.
Findou-se o tempo de Deus, em mim. Hoje orei por você pela última vez. O fizera no passado, crendo que me receberia como a um presente Dele, - tive um sonho repleto de ouro…Fez-me crer ser, você, o próprio tesouro, renegastes!

Por estas orações, talvez, eu tenha estado me interpondo às vontades do Criador, que também tem a Sua oração. Talvez eu estivesse tão ávido para amá-la que não as enxerguei, você foi muito astuciosa para me enganar, mas, tudo bem, você precisava muito de alguém. Eu lhe servi como os serviçais devem servir, com amor…

Talvez eu estivesse usando minha fé, meus conhecimentos, minha espiritualidade, meu sentimento de amor, para impedir que você receba o que tem que ser. Pedirei perdão, e por retirá-la de Suas mãos e de meus sentimentos verdadeiros…Pedirei perdão! Os pecados, amor, não estão nas palavras que proferimos, mas sim, nos atos que ferem e fazem sofrimentos. Embora seja verdade que eu lhe queira feliz, que pena para mim!

Você tem os seus resgates a fazer e o fará, voluntariamente ou não.
Tivera a sua chance de se convergir, não blasfemes, amanhã!
Estou me retirando pela força Divina, e por seu desamor. 
“eu O havia solicitado soluções! ”Retira-me Ele, desta eminência de dor 
e de seus reais fracassos…Que me louve Deus, pelas minhas humildes
tentativas de fazê-la feliz – Você realmente não me merece?!

Percebo que pela sua atual índole, eu devo desistir de vez de você. O seu juízo de valores, ao que parece, se perdeu em conceitos ambicioneiros e imediatistas. “O espírito é o principal, a mente acompanha e o corpo obedece” Este é o princípio a se entender.
Ao inverter a lógica divina, serás fatalmente, infeliz!

O meu conceito, você sempre soube: Pauta-se no amor, no mais sublime amor…Ao se alinhar de baixo para cima você está se matando, espiritualmente. Lembre-se entretanto, você não faz o ar que respiras. E tudo depende da sua condicionalidade espiritual, e neste quesito, onde se encontra, dentro de suas próprias reflexões?

Para um ser humano perder a condição divina e se tornar escória e resto de todos os homens, basta se abdicar Dele, porque o amor é conseguinte e só por este amor vindo de Deus, é que podereis ser feliz. Se me permite um último conselho, não prossiga, volte as origens do pai celestial, esta, como sabes intelectualmente, é o amor. Amor que a este, a tudo será acrescentado e sem este, tudo será retirado.

Pare de lutar contra a resistência, quanto mais faz isso mais sentirá ódio e por ele dará atribuições a outrem, pelas suas culpas. Seja favorável a Deus, Deus é o mais puro amor. Os subterfúgios que usas, podem enganar a muitos. A ideia da mentira subliminar de que a mentira suplantará seus problemas, esta é indubitavelmente falsa. Ninguém nasceu para viver enganado ou para enganar-se a si mesmo com o próprio engano.

Eu estou tão consciente deste comunicado, que posso lhe afirmar, esta é a palavra que precisava ler e escutar no fundo de sua alma.
Sinta o seu próprio conhecimento da verdade do amor e não o renegue. Por tudo que sabe não está mais no nível de se ser criancinha, o universo não a tratará como tal e já está lhe tratando como adulta. Então se quiser continuar contra a lei da verdade do amor sublime, Saiba: Dobrará seus sofrimentos. Está contraindo mais dívidas.

A propósito: Você não precisará vir em meu funeral, nem haverá velório, não estarei nele. Quando um anjo morre, ele simplesmente some na imensidão do universo. Como as estrelas que no céu se apagam… Não poderá ser feliz, infelizmente, tripudiando, sobre minha inexistência!







domingo, 19 de junho de 2016

UM GRITO DO CÉU

Um grito vindo do céu
(conto)

Ouviu-se, e deste estrondo singular um anjo destituído se fez carne para ser igual e, ao que o anjo suporia dar conta, se fez homem. Um sofrimento descomunal, e, foi assim que ele descreveu a tudo o quanto descobriu sobre aquela mulher, no final:

Você pensa que sempre me enganou, se enganou… Sempre, mesmo, nunca fui seu. Formulei com as minhas afirmativas de amor e de amá-la, para salvá-la, salvá-la de seu desamor, porque ao valorizá-la pensei em fazer-lhe amar-se a si mesma, afinal, dissera-me, “eu não me amo” Queria, eu, tirá-la desta incapacidade de saber deste rico sabor do amor, então em minhas súplicas, tive o comando do criador. “Vá, se quer, mas não posso lhe ajudar!” Ainda que houve as ressalvas, foi de meu amor que lhe dei, que quis lhe preencher.

És neurônica pelo desamor, tanto que ao que se recusas, escraviza-se a ele, ele é o medo e o ódio dos homens que em si, deles, tenta esconder ao tentar dominá-los. Matasses seu pai do céu, ainda que ele para lhe salvar, lhe deu a ele, na primeira pessoa de seu ancestral, você o recusou! Depois vieram outros em sua vida, como a cria que abomina, como o pai que pisoteia, como os amantes que lhe usaram, e o que mais você odeia…

Você odeia a doença mental e física que lhe corroí, e a pobreza que lhe abraça, essas, não sabe ou finge não saber, advieram do próprio ódio que cultua, do próprio desamor que, sei, reconhece, e renegas combatê-lo da forma correta… Preferes a vingança sórdida. Você somente tem força em mantê-la, sei, entretanto, que embora seja você, não é você que lhe domina, mas é tão somente aquela que se entrega. 

Sinto pena de você! Porque ao me “vencer” torna-se automaticamente a perdedora “eu não lhe mereço” lembra-se? Não veria ao caso, porque de fato eu jamais fui seu, fui deste amor que lhe dei.

Ao perguntar a Deus, de novo, se devia, ao menos ser seu amigo, ele me respondeu em evasiva, com um muxoxo: “Vá, se quer, mas não poderei lhe ajudar!” Talvez ao analisar a questão dada pela inteligência, de que somente os inteligentes mudam, se eu não lhe aceitar como amiga, estarei sendo incoerente, e portanto, hipócrita. 

Assim sendo, entretanto – de novo –, há um paradoxo: aceitando-lhe como amiga, se houvesse a grandeza deste amor, na proporção da dor, esta, mais se alongaria, indefinidamente. “Eis, talvez, que ser, a minha paga por meu ‘fracasso”.

O que mais me fez ser seu temor foi o peso da verdade sem travas que sempre lhe desnudei. Nunca às suportasses. Se as encarasses tornarias um ser divinal, mas…Preferes, ao que parece, ser profana, odiosa, que mente, que engana, que se faz de vítima, que vitimiza a todos que lhe circunda, você não se perdoa. 

E nesta própria pessoa imperdoável em que se atém, as artimanhas do calor do sexo, as deliciosas carícias, a voz aveludada, a supervalorização do outro com os mais aparentes sentimentos sublimes, mas, vis. Seu canto lindo, seus urros de êxtases… Em quais momentos fora você?

Moldou-se com mármore de carrara, este seu coração de pedra. Afirma-se para se furtar da mudança uma dualidade obtida pelas teóricas intelectuais, reafirma não poder aquilo que poderia se não se deixasse ser fraca e dominada por seu próprio demônio que em si mesma criou. Determinou-se que todos haviam de lhe pagar. Mas, talvez, Deus tenha lhe dado o ultimato – oro que não seja: lhe quero feliz! –,contudo, não posso determinar a Deus a sua justiça. 

Porém, agora, como amigo, posso lhe dizer tudo, porque ao ser seu amigo, mais ainda, não posso lhe furtar a verdade. E, saiba: estas verdades são incomparáveis com as suas, porque não são errôneas. Não são baseadas no ódio que cultua, mas sim, no amor Divino que lhe dei.

Em tempo: você não conseguiu me vencer nem me matar, como o seu ódio lhe determinava. Você me perdeu como homem que me tornei para ser lhe anjo. O único que lhe poderia salvar, por que sou o que sou, e o que sou lhe foge a compreensão dada a sua venda cerebral pelo próprio ódio que lhe consome. Há um Deus chamado amor dentro de mim. Mas ao contrário do que todos preferem pensar, Deus não nos perdoam, mas nos aceitam diante de nossos esforços verdadeiros em sermos melhores. Caso contrário nos abandonam!

É nisso que este Deus aparece como amor verdadeiro, pois que ao nos aceitar, administra, à conta-gotas, o que nos são suportáveis. Há no positivismo, esta máxima inconteste, e, por seu livre arbítrio lhe compete praticar. De qualquer forma, vá em frente, se preferes assim –, e lhe digo: sempre poderei lhe ajudar, se quiseres abraçar o amor!

E assim, o alado ele, colocou a sua carta explicativa no correio eletrônico e depois se desvês das asas invisíveis, que lhe dava o poder de espionar todas as mentiras, e todas as verdades e todos os enganos dos humanos. Seu poder só não podia mudar o livre arbítrio dela. Tornou-se simplesmente um homem quase sem as sombras dos poderes...

Deste dia à frente, se pôs, então, a vagar, nesta vulgaridade dos comuns transeuntes, que caminham a esmo pelas passarelas e escadarias do Masp e da Biblioteca Mário de Andrade, sempre a procurá-la por ali, e, ao se cansar, corre a ir dormitar sobre a Divina Comédia de Dante. …Como vemos, restara-lhe ao menos, diante do sono e do cansaço, a dignidade em poder se retornar espectro.


ZéReys Santos.






sábado, 18 de junho de 2016

DEVIAM ADMITIR OS SEUS NÃO SABERES

Deviam admitir os seus não saberes

Tudo que vejo e leio a respeito do ser, está sempre inserido em sentimentos individualistas, que fatalmente nos levam ao egocentrismo, a meu ver, à minha análise, são sempre corroborativas, portanto, não há nada de novo. Há sempre um continuísmo. Uma pregação de afirmação daquilo que, a meu sentir, não nos levou nem nos levará a felicidade.

Percebo que todos os autores mais antigos e menos antigos, estão aqueles que apregoavam este contexto, e estes últimos, que os copiam insistentemente. Penso que isso se deva ao fato de que na grande maioria deles, trata-se de pessoas intelectualizadas, abastadas ou que nada viveram de fato, os fatos da vida que poderiam lhe darem embasamentos mais concretos a respeito de ser feliz.

Aprendem literariamente vias outros das mesmas estirpes, via a esta mesmice de sempre. Estes, que corroboram, inevitavelmente com o materialismo, como forma de adquirir felicidades através da falsa prosperidade, que jamais de fato, nos fazem felizes de fato. Até quando dizem crer em algo que poderia ser louvável, não passa, no fundo, no meu ver mais profundo, de teorização do mundo.

Mimados, salvo exceção de alguns, são criados em berços de ouro, mas que conhecem definições através das palavras que lhes dão sentidos teóricos, que jamais tiveram feitos em suas vidas o efeito de cruzarem o cheiro da urina dos bebês, com o que dizem as palavras que pensam, eles, darem e serem suficientes para saber de fato o cheiro das urinas.

O que esses pensam, moldados em teorizações literárias e sem vivências, são em absolutos, crenças cegas. Porque nunca tiveram que comer bagaço de laranja chupada e atirada na beira da calçada para que pudessem saciarem suas fomes. Como podem estes, avaliarem de forma concreta e verdadeira a real sabedoria que isso os levariam a sabê-los, se não, aqueles que passaram por este treinamento de vida?

A arte de ver o profundo, requer experiência para que possamos sentir, a revivência, os fatos da verdade dos fatos. Fora destes contextos reais, ficam as teorizações fadadas ao exato sentido do que possam ser chamados de teorizações. Ainda que chegam próximo através das palavras, o sentir é algo espiritual, que fogem as compreensões para serem julgadas por outrem, que não sejam, os propulsores dos fatos, ainda que os tenham sido involuntariamente promulgados.

Muitos de nós que chuparam os bagaços das laranjas atiradas, jamais tivemos chances de externar nossas verdades. Somos incultos, analfabetos, pobres, sem chances de darmos a contribuição desta ao país, e aos intelectuais, para que pudemos dá-los a estes, a real visão de que neste contexto, deviam limitar-se a dizer e praticar a humildade de Sócrates: “só sei que nada sei”


ZéReys Santos.





SEJA FELIZ

Seja feliz…

Para ser feliz no amor é preciso destituir-se do domínio. É preciso viver sem dominar. Amar é se doar mutuamente, é se elevar a um estado único de contente. É um inexistir na existência, é não ser somente, nem só, em si mesmo, separadamente. É, entretanto, deixar-se dominar, deixar-se amar e dar-se a si mesmo a confiança de si dar.

É não se esforçar em contrariar as normas do amor, é se respeitar mutuamente, é compreender a interdependência, é não sair do círculo e de dentro do fluxo. Não é viver em refluxo, é ter coerência na sua reciprocidade, é ter gratidão pela felicidade e ser recíproco por esta verdade. É viver ser medo do domínio, é ser um ser exímio.

Esconder-se de ser amado pelo medo de sê-lo, e ser dominado pelo medo de viver e ser feliz; é estar vendido aos caprichos dos esdrúxulos, é se vaguear pelo vale das lágrimas para que alguém lhe olhe nos olhos. É se perder em meios aos bruxos.
Cada um inteiro de nós equivale a metade de um todo de nós, portanto, não temos que suplantar a outra metade.

Amar é se adequar para receber o amor, não é se dar a pensamentos conflitantes, é deixar-se sair da confluência dos iguais, estes estão infelizes – e há tantos por todos os lados! É ser feliz aceitar ser você mesma, no sentido de que o natural é querer ser feliz, e sem amor não há chance de sê-la. Mas o amor é implacável em suas regras, se não for obediente a ele, ele lhe dará o ódio. E, que esforço tremendo temos feito, para sermos infelizes!

Amor... Me ame, e se deixe amar, esta é que é, a verdadeira felicidade de existir. Eu nunca vou abandonar você, eu já conheço a dor da refeição, dou-lhe meu coração para que o seu cuide do meu, para que o meu vá cuidar do seu!
Mas eu não posso ser você e eu, terás de ser você mesma, a parte da compleição.
Porque queres arrancar-me de dentro de si… por incompreensão? Compreenda, meu amor, por favor, que eu…lhe amo!


ZéReys Santos.

DO QUE ELA SABE

Do que ela sabe
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Ela não me entende.
Me sinto Jesus em seu amor por Madalena.
Injustiça, plena.

Chamam-na, a sua amada, de prostituta.
Ambição, usurpação de livre arbítrio.

Tudo porque falo com Deus.

Oras, o que tem isso?
Todos os loucos têm em si esta propriedade de falar com Deus.
Afinal, se Deus também não fosse meio, ao menos, louco, nos fariam?

Faria essas loucuras todas de terra, ar, estrelas, pessoas,
e este tal de amor, e esta tal solidão? Faria?

Tudo porque falo com Deus, ela não crê em mim.
Ela crê nos homens que nada tem a ver com Deus, e,
Por Deus, me preteri, por Ele me vem execrar…

nunca deve ter lido Jeremias…”
Será que por ela devo abandoná-Lo?
Não sei…Certamente, pensará em alguma fórmula infernal de me renegar.

Me fará Jesus diante de seu melhor amor humano, por sua amada,
Madalena, a mulher de sua injustiça plena?
Tanto uma como a outra me amava…
Ele diria, sem saber mesmo até, a quem o referia Sua mãe, talvez…

E quem sabe me trocará por algum Barrabás,
Alguém que lhe comerá viva, aos pedaços de carne sangrando,
Para alimentar com risos e lágrimas de felicidade,
O seu próprio demônio! 

Será que pelo escárnio de me fazer Jesus,
Sorrirá de gozo de sua própria miséria?

Tudo bem, tudo bem… 
Eu preciso compreendê-la,assim como a um deus... Eu a amo!
É precioso isso no contexto de que sou louco.

Faço parte deste conceito louco de Deus.
Talvez sorria Ele agora, brincando com a calda de algum macaco.

Desculpe-me, tenho a impressão de que caldas de macacos sejam engraçados”.

Talvez para Ele, toda esta loucura de amar você, valha esta loucura Dele rir,
E ir, a brincar com a calda de algum macaco, sarcástico como a mim…
Devo perdoá-lo novamente para ser feliz

Já o perdoei muitas vezes ao me redimir a pedi-lo por ti a meu favor,
e usar a melhor justificativa, sua, inclusive…O amor!

Há vezes, contudo, em que julgamos Deus…
Acertadamente… Não sei – ou não?!
Será, amor, que eu sempre erro?


ZéReys Santos
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